Investindo em gado: dicas infalíveis para não errar

Postado em 22/04/2021
Investindo em gado

Investindo em gado: dicas infalíveis para não errar

De fato, se você mora no campo ou tem certa proximidade com esse universo, com certeza, tem vontade de investir em gado. Afinal, esse negócio, além de dinheiro, também representa um estilo de vida.
Além disso, essa é uma boa opção. Afinal, a pecuária é uma atividade em crescimento: hoje, ela conta com mais de 214 milhões de cabeças de gado e uma fatia de mercado que corresponde por mais de 20% da economia brasileira, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
Ademais, economicamente, é um setor que pode trazer grandes lucros. Prova disso são os leilões de gados, em que são negociados animais de valores altíssimos. Siga com a gente e confira, no post do blog da 7M Boots algumas dicas para investir da maneira correta!

1. Antes de tudo, o planejamento

Sem dúvidas, independentemente do tipo de negócio que for abrir, é imprescindível que se faça um planejamento. Ou, em outras palavras, um direcionamento com os caminhos que se deve seguir para que a empresa funcione. Nele, deve ser previsto o investimento inicial e tempo de retorno financeiro de, no mínimo, cinco anos.
Com a criação de gado, não é diferente. Porém, é preciso ter ciência de que o investimento financeiro é um pouco alto e é preciso escolher as raças de animais adequadas.
Por exemplo, você se encontra em uma região propícia para a criação de gado? Porque os maiores rebanhos estão localizados no sul, sudeste e centro-oeste do Brasil, em condições climáticas e de pastagens favoráveis, além de propriedades bem estruturadas.
Outro questionamento é para qual finalidade será a atividade, pois ela é dividida em gado para corte, leiteiro e para exposição em leilões. Todos são lucrativos, principalmente o de corte, devido ao alto consumo de carne pelos brasileiros e à crescente exportação.

2. Selecione as melhores raças

É necessário cuidado no momento de selecionar as raças. Comece investindo naquelas de qualidade, mas que sejam acessíveis financeiramente.
O indicado é escolher as mais conhecidas e que tenham gerado bons negócios em outras propriedades. Se o seu empreendimento for direcionado ao gado de corte, é melhor optar pelas Red Poll, Shorthorn, Hereford, British White ou Galloway, que são mais fáceis de lidar. Se a criação for para produção de leite ou leilão, a dica fica para as classes de Guernseys, Pardo Suíço, Jersey ou Holstein, boas produtoras de leite.

3. Saiba quanto deve investir
É muito importante levantar todos os custos. Por isso, avalie se precisará comprar uma fazenda ou sítio, ou se arrendará, quantas cabeças de gado deve adquirir para começar, os gastos diários e mensais para manter os animais e as ferramentas de que pode precisar. Pesquise tudo para saber o valor necessário para ser empregado no negócio, inclusive com capital de giro até começar a ter resultados.

Investindo em gado: dicas infalíveis para não errar

4. Veja onde comprar o gado

Você pode adquirir o gado em feiras, leilões, ou diretamente com o proprietário. Contudo, nos leilões, será difícil conversar com o dono do animal. Já nas feiras, torna-se mais fácil a negociação, porém, não terá acesso à propriedade. Agora, se conseguir o contato direto do produtor, terá mais segurança porque poderá conhecer o rebanho e fazer a compra diretamente com o fazendeiro ou responsável.

5. Informe-se sobre a quantidade ideal

Para saber a quantidade de animais indicada para começar, é preciso calcular a unidade pelos alqueires de seu pasto — ou seja, dividir o peso do rebanho de maneira equivalente a uma vaca seca, que é 450 quilos. Se não souber o peso, ele pode ser estimado por aproximação:

Bezerros de 0 a 1 ano — 0,25 UA;
Novilhos de 1 a 2 anos — 0,5 UA;
Novilhos de 2 a 3 anos — 0,75 UA;
Vaca e bois — 1 UA;
Touros — 1,25 UA.

Por exemplo, vamos supor que você tem ou pretende comprar 92 novilhos de 2 a 3 anos para colocar em 50 alqueires. Assim, deve multiplicar 92 x 0,75 = 69 UA. Depois dividir 69/50 = 1,38 UA/ha. Dessa forma, você tem o número ideal máximo — dois gados por alqueire.

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6. Em caso de gado para abate, negocie a venda de carnes

Para negociar as vendas das carnes é necessário entrar em contato com os frigoríficos de 60 a 90 dias antes do abate, para que haja tempo de negociar o produto, fazer cotações e encontrar o melhor preço para ambos. Procurá-los em cima da hora pode fazer com que você perca a chance de boas vendas.
No momento de contato, procure criar um relacionamento para favorecer o clima da negociação e o preço almejado.

7. Conheça o tipo de pastagem ideal

Por fim, o pasto deve ser de acordo com as condições climáticas do local e precisa atender às exigências nutricionais dos animais que ali habitam. Para isso, é necessário saber:

– O objetivo da produção;

– Os valores a serem investidos no rebanho e na propriedade;

– As técnicas de manejo, adubação e irrigação.

Aproveite o período chuvoso e faça o manejo adequado para que haja desenvolvimento radicular da planta. Entretanto, há aqueles produtores que gostam mais do sistema de pastejo rotacionado. Para escolher a melhor técnica, você precisa estudar os sistemas, então, procure se informar e ser bichão na área.

Enfim, brutaiada, curtiram as informações? Então, conte para nós nos comentários e continue de olho aqui no blog da 7M Boots, em breve, teremos muitas novidades por aqui. Um grande abraço!