Rotação de culturas: saiba tudo sobre a essa técnica

Postado em 01/05/2021

Rotação de culturas: saiba tudo sobre a essa técnica

A rotação de culturas é uma técnica cada vez mais adotada visando a redução do impacto da monocultura no solo e também para manutenção das características apropriadas, principalmente no caso da agricultura familiar. 

Pensando na importância da rotação de culturas e também das dúvidas sobre o tema, esse conteúdo vai abordar:

 

Com isso, além de conhecer o que é a prática, será possível ver como e quando ela é indicada e seus benefícios.

O que é rotação de culturas?

O que é a rotação de culturas

A rotação de culturas refere-se à prática de alternar ordenadamente diferentes espécies vegetais em um terreno, considerando ainda os intervalos de tempo e estações do ano.

Recomenda-se, especialmente no caso de agricultores, que a espécie escolhida para intercalar contribua na recuperação do solo, ao mesmo tempo em que tenha escoamento comercial.

Um dos principais motivos para adoção da rotação de culturas são os prejuízos ao solo decorrentes de outras práticas comercialmente mais atrativas, como:

– Monocultura: consiste no cultivo consecutivo de uma única planta durante várias safras, o que ocorre frequentemente com a cana de açúcar, soja e milho;
– Sucessão de culturas: refere-se à alternância entre duas culturas no mesmo tempo, sendo que cada uma é cultivada durante um período do ano, a chamada safra e entressafra.

Essas práticas estão associadas à degradação física, química e biológica do solo, pois os mesmos minérios e nutrientes são recorrentemente extraídos. Como resultado, a plantação torna-se mais suscetível às pragas, doenças e plantas daninhas, além de reduzir a produtividade do plantio.

Quais são as vantagens dessa prática?

Quais as vantagens da rotação de culturas

A rotação de culturas é importante, pois essa prática reduz os efeitos danosos da monocultura e da sucessão de culturas, contribuindo na preservação e conservação do solo.

Os benefícios da rotação de cultura estendem-se aos aspectos ambientes, como qualidade do solo, mas também sociais e econômicos, com vantagens ao agricultor. Alguns dos fatores que podem ser destacados incluem:

– Diversificação de espécies com aumento das práticas sustentáveis e ecologicamente comprometidas na produção agrícola;
– Benefícios na constituição físicas, química e biológica do solo, contribuindo à qualidade;
– Redução de problemas e perdas decorrentes de plantas daninhas, doenças e pragas;
– Reposição da matéria orgânica do solo e menos impactos decorrentes do clima no terreno;
– Melhora da produtividade das culturas;
– Manutenção de opções comerciais aos agricultores, movimentando o economia local e viabilizando o sustento familiar e comunitário.

Para que tais benefícios sejam alcançados com a rotação de culturas, no entanto, a prática precisa ser desenvolvida corretamente pelos responsáveis.

Como funciona a rotação de culturas?

Como funciona a rotação de culturas

Um aspecto central na eficiência da rotação de culturas consiste na escolha das espécies para intercalar o plantio no solo.

No Brasil, frequentemente são usadas plantas de cobertura ou adubos verdes para rotação, como aveia-branca, aveia-preta, milheto, tremoço, girassol, entre outras espécies de pastagens.

Além disso, um melhor desempenho e alcance dos objetivos da rotação de culturas é investir em um planejamento acertado. Algumas etapas que o produtor rural pode considerar incluem:

– Seleção de plantas que ajudem na fixação do nitrogênio no solo, como aquelas que tem raízes mais profundas e volumosas;
– Escolha de plantas com saída comercial para garantir a renda do produtor;
– Definir o objetivo do sistema antes de selecionar a planta, alinhando a escolha com as necessidades do solo;
– Optar por plantas com sistemas radiculares distintos, como gramíneas e leguminosas.

Além dessas recomendações específicas sobre rotação de culturas é importante que o agricultor esteja atento a todas as inovações que contribuem na manutenção do solo, como controle de erosão, adubagem, densidade da semeadura, calagem etc.

Também é essencial que o agricultor mantenha sua segurança no exercício das funções no terreno. O uso de uma vestimenta apropriada é imprescindível para evitar queimaduras do sol, pequenos cortes e arranhões em decorrência das atividades.

O boné e o protetor solar também são indicados, dando preferência para que o trabalho ao ar livre seja concentrado na primeira parte da manhã e a tarde, evitando o sol do meio do dia.

Nos pés, recomenda-se o uso da bota texana, opção mais resistente para trabalhos ao ar livre e em terrenos acidentados, o que garante proteção contra machucados e picadas, além de promover mais estabilidade na realização das tarefas do campo.